sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Teoria monetária

Ambiente empresarial - Teoria monetária




Você já parou para pensar como deve ser uma cidade, uma região, um país sem a presença do dinheiro, da moeda? Estamos falando do real (R$). Imaginou? Quais foram as suas observações?     Você, como bom observador que é, deve ter notado que, no mundo moderno, a moeda está presente em praticamente todos os momentos da vida. Diante disso, podemos perceber que o estudo da moeda se torna muito importante. De maneira corriqueira, as pessoas no seu dia-a-dia usam a palavra “dinheiro” para significar riqueza. Se alguém tem muito dinheiro, entendemos que essa pessoa tem muita riqueza ou é rica. Mas estamos falando do valor das ações, dos imóveis ou de outros bens dessa pessoa? Os economistas normalmente definem dinheiro ou moeda não como a única forma de riqueza. Temos outras formas de riqueza, tais como carros, casas, etc. O que distingue a moeda das outras formas de riqueza é sua característica de ser o mais líquido dos ativos. Liquidez, aqui, quer dizer sua capacidade de se transformar em dinheiro vivo ou facilidade com que o bem pode ser convertido em meio de troca da economia. Para que um bem possa ser considerado uma moeda, ele precisa desempenhar basicamente três funções: ser meio de troca: isto significa ser exatamente aquele elemento que vai viabilizar a ocorrência de milhares de trocas a cada momento; servir como unidade de conta: isto quer dizer uma medida que as pessoas usam para estabelecer os preços de seus serviços e bens, e fazer seus cálculos econômicos; e funcionar como reserva de valor: a moeda precisa guardar poder de compra ao longo tempo. Guardar poder de compra de hoje para amanhã. Temos basicamente dois tipos de moeda circulando nas economias. A chamada moeda-mercadoria e a moeda de curso forçado: moeda-mercadoria: é aquela que toma a forma de uma mercadoria com valor em si. Mesmo não sendo moeda, teria valor, ou seja, seria aceita naturalmente. O exemplo clássico desse tipo de moeda é o ouro, mas existem outras mercadorias que podem ser consideradas moeda-mercadoria, como por exemplo, o cigarro nos campos de concentração; e moeda de curso forçado: é a moeda que não tem valor em si mesma. Isto quer dizer que o meio utilizado para garantir sua circulação é por decreto governamental. Note que a aceitação desse tipo de moeda depende tanto da força de um decreto governamental como das expectativas e das convenções de uma sociedade.

Política monetária    
    
A política monetária pode ser definida como o controle da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. Alternativamente, também pode ser definida como a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeitos diretos ou induzidos, com o propósito de controlar a liquidez global do sistema econômico. A política monetária diz respeito à atuação do Banco Central    para dimensionar os meios de pagamento e os níveis das taxas de juros, adequando essas variáveis aos objetivos de crescimento da produção e do emprego, com estabilidade de preços. A atuação do Banco       Central opera-se pela determinação do volume de reservas obrigatórias dos bancos, dependendo do comportamento do público e dos bancos em relação às quantidades de moedas que desejam reter.

Demanda de moeda

A moeda, como meio de troca, é a maneira mais eficaz de um indivíduo adquirir os bens e serviços de que necessita. Entretanto, como uma pessoa não gasta toda sua renda no momento em que a recebe, podemos perguntar: por que esse indivíduo não aplica parte dela – a que não é consumida imediatamente – em títulos, que rendem juros? Existem três razões fundamentais que levam as pessoas a demandar e reter moeda em seu poder:             
1ª) A maior parte dos trabalhadores recebe seus salários no início do mês, mas os        gastam, no decorrer do mesmo mês, com as despesas comuns de uma família, como aluguel, condução, alimentação, etc. Portanto, essa pessoa precisa reter moeda ou dinheiro em seu poder durante todo o mês. A essa razão para a retenção de moeda, damos o nome de demanda da moeda para transações;
2ª) segunda razão: chama-se demanda de moeda para precaução. Isso significa que as pessoas previdentes sempre têm certa soma em seu poder, reservada para um imprevisto, como problemas de saúde, uma batida de automóvel, etc.; e               
3ª) Essa razão está associada ao fato de a moeda funcionar como reserva de valor. Se um indivíduo já  separou de sua renda aquelas parcelas destinadas às transações e à precaução, o procedimento mais razoável seria aplicar o restante em títulos, que rendem juros, pois nada acontece com o dinheiro quando está simplesmente em casa ou depositado em um banco, em conta-corrente.

Taxa de juros é o preço cobrado pelos credores aos devedores pelo uso de suas poupanças durante certo período de tempo. Nas economias modernas, quem oferece moeda ao público são as autoridades monetárias (Banco Central), em função das necessidades dos agentes econômicos.  A oferta de moeda também é chamada de meios de pagamento.

Funções do Banco Central 

O Banco Central – BACEN – é o órgão responsável pela política monetária que tem como objetivo regular o montante de moeda e             de crédito, e as taxas de juros, de forma compatível com o nível de atividade econômica. O Banco Central é responsável pela emissão de moedas.   
 Além disso, ele controla e regula a oferta de moedas, controla os capitais estrangeiros e possui agentes que são autorizados a receber depósitos: bancos comerciais, Banco do Brasil, Caixa Econômica. A emissão de moedas é uma atribuição exclusiva do governo e depende do crescimento da economia.

Atividades
1.       O que você entende por liquidez?
2.       O que difere moeda de outros ativos existentes na economia?
3.       Quem é responsável por definir os rumos da política monetária no Brasil?

Fonte: Fonte: Economia (introdução) / Carlos Magno Mendes... [et al.]. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2007. 158p.




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