sábado, 25 de outubro de 2014

Vamos aprender um pouco sobre organizações e macroeconomia?

Fundamentos de Gestão
Organizações e administrações

Objetivos e recursos são as palavras-chave na definição de administração e também de organização. Uma organização é uma combinação de recursos que procura deliberadamente realizar algum tipo de objetivo ou objetivos. As organizações estão por toda a parte. A universidade é uma delas. A ONU, a prefeitura, a padaria da esquina também. As organizações são muito diversificadas quanto a tamanho e forma, produtos e serviços, recursos e áreas de atuação. As organizações são o principal cenário em que se desenrola o processo administrativo. A administração é uma tecnologia que permite às organizações ser capazes de cumprir suas finalidades.

Elementos das organizações

Uma organização é um sistema de recursos que procura realizar objetivos. Um sistema é um  todo complexo e organizado, formado de partes que interagem, para realizar um objetivo. Todas as organizações são sistemas, embora nem todos os sistemas sejam organizações. As organizações têm outros elementos importantes: divisão de trabalho e processos de transformação. A organização transforma recursos em produtos e serviços.
Recursos
Organização
Objetivos
Humanos
Materiais
Financeiros
Informação
Processos de transformação
Divisão do trabalho
Coordenação
Produtos
serviços
  1)      Objetivos
Organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a realização de objetivos ou finalidades, que podem ser classificados em duas categorias principais: produtos e serviços. Uma organização em particular pode produzir diferentes produtos e ao mesmo tempo prestar diferentes serviços. Uma montadora de veículos, produz e desenvolve veículos e presta serviços como assistência técnica, por exemplo.  Objetivos de longo prazo são chamados missões ou negócios. Eficácia é a palavra usada para indicar que a organização realiza seus objetivos. Quanto maior o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz.

  2)      Recursos
As pessoas são o principal recurso que as organizações utilizam para realizar seus objetivos. De fato, as organizações são principalmente grupos que utilizam recursos. Além das pessoas, as organizações empregam dinheiro, tempo, espaço e recursos materiais, como instalações, máquinas, móveis e equipamentos. Eficiência é a palavra usada para indicar que a organização utiliza corretamente seus recursos. Quanto maior o grau de produtividade na utilização de recursos, mais eficiente a organização é.  Em muitos casos, isso significa usar menor quantidade de recursos para produzir mais.

   3)      Divisão do trabalho
Numa empresa, cada pessoa tem atribuições específicas. Divisão do trabalho é o processo que permite superar as limitações individuais por meio da especialização. Quando se juntam as pequenas contribuições especializadas, realizam-se produtos e serviços que ninguém conseguiria fazer sozinho. Coordenação é o processo que procura atender às necessidades de interdependência, de modo a atingir a finalidade.

  4)      Processos de transformação
Por meio de processos, o sistema transforma os recursos para produzir resultados. Um processo é um conjunto de atividades ordenadas no tempo e espaço, com começo e fim, entradas e saídas. Alguns processos comuns que se encontram na maioria das organizações são:
Produção: transformação de matérias-primas por meio da aplicação de máquinas e atividades humanas, em produtos e serviços.
Administração de encomendas: transformações de pedidos de clientes na entrega ou prestação de serviço.
Administração de recursos humanos: transformações de necessidades de mão-de-obra em disponibilidade de pessoas até seu desligamento da instituição.

Atividades
  
  1)      Com base no texto, dê o conceito de organização e cite alguns exemplos. 
  2)      Quais são os elementos das organizações? 
  3)      Explique com suas palavras o significado de missão.
  4)      Qual é a diferença entre eficácia e eficiência?
  5)      Por que é importância a divisão de trabalho em uma empresa ou negócio?


Ambiente empresarial
Principais aspectos ligados à macroeconomia

No início do século XXI, a abordagem dos economistas tem-se dirigido à Nova Economia, à tecnologia da informação, ao ajuste externo e interno, à globalização dos mercados, etc. Assistimos às evidências do impacto dessas mudanças no nosso dia-a-dia, às vezes, sem nos preocuparmos muito com as consequências. Por isso, fazemos diversas indagações:

Quais são exatamente os efeitos dessas mudanças? Como elas podem afetar os padrões de vida e a taxa de crescimento da economia? Como estas mudanças na economia atingem o emprego e o desemprego, os preços e o equilíbrio do balanço de pagamentos? Por que razão as rendas são atualmente mais elevadas do que em 1970 e por que, em 1970, eram mais altas do que tinham sido em 1930? Ainda, por que razão alguns países têm inflação, alta enquanto outros têm preços estáveis? Quais as causas da recessão e da depressão, e como as políticas públicas podem evitá-las? Por que a região onde você mora é mais ou menos desenvolvida? Como explicar taxas tão elevadas de desemprego no Brasil e no mundo?

Várias são as explicações para a questão do desemprego. Em muitos casos, a razão é atribuída ao próprio indivíduo, por não estar preparado para as exigências do mercado de trabalho ou por não aceitar reduções salariais. Na verdade, trata-se da “dança das cadeiras”, conforme argumentou Souza (2000). Será que, por mais preparado que o indivíduo esteja, haverá local para ele sentar-se? Estar melhor preparado significa a possibilidade de primeiro sentar-se na cadeira. Contudo, devemos analisar a questão na totalidade, ou seja, se a economia não é capaz de gerar cadeiras suficientes, inevitavelmente, pessoas ficarão de pé, por mais preparados que estejam. Bom,         mas aí argumentam que é a inovação tecnológica que destrói as cadeiras existentes na economia; o trabalho humano passa a ser substituído por máquinas. Estaríamos vivendo a época do fim do emprego, ou seja, nada podemos fazer, e o desemprego é algo inevitável.

 Novamente, ao observarmos a questão do ponto de vista individual, a inovação tecnológica causa desemprego. Contudo, ao mesmo tempo em que destrói, cria novos produtos, empresas, atividades econômicas e empregos. Em outras palavras, a inovação tecnológica, embora possa modificar o nível de emprego, não determina, a priori,   seu resultado. Generalizando, os vários argumentos, tais como rigidez no mercado de trabalho, altos encargos trabalhistas, salários nominais rígidos, etc., são facilmente refutáveis e não determinam, a princípio, o nível de emprego. O que queremos argumentar é que estar ou não empregado não é uma mera escolha individual. O aumento do nível de emprego ocorre quando a taxa de expansão da economia supera o aumento da produtividade do trabalho (que significa um mesmo indivíduo passar a produzir mais no mesmo espaço de tempo, fruto de inovações tecnológicas). Simplificando, o aumento da produtividade dispensa cadeiras. Contudo, o crescimento econômico deve ser capaz de gerar cadeiras suficientes para compensar as perdas e ainda absorver os jovens           
entrantes no mercado de trabalho. Deparamo-nos, então, com duas variáveis que, de fato, determinam, a priori, a quantidade de cadeiras existentes na economia: o crescimento econômico e a produtividade do trabalho. E quem são os “atores” que decidem sobre essas variáveis?    Como anteriormente afirmamos, a inovação tecnológica, a princípio, não determina o nível de emprego. Essa é uma faceta menos grave do problema. A outra é a questão do crescimento econômico.

Vamos considerar como dada a variável produtividade. Caso não houvesse um crescimento da economia suficiente para absorver os entrantes no mercado de trabalho, inevitavelmente teríamos desemprego, pois não haveria emprego para os novos profissionais. Percebe-se que isso é o que acontece no Brasil atualmente. Dessa forma, a
questão agora é entender o porquê de taxas tão medíocres de crescimento, como por exemplo, o da economia brasileira, principalmente nos anos 1990 – justamente a década em que assistimos a uma das maiores taxas de desemprego de nossa história. Agora, trata-se de uma escolha,            principalmente, política. Em suma, a verdadeira explicação para o desemprego é justamente a estagnação do crescimento econômico.

O crescimento econômico está entre as metas dos formuladores da política econômica e refere-se à expansão da produção do país, uma quantidade maior de bens e serviços à disposição da sociedade.

O Sistema de Contas Nacionais, tal como é empregado no Brasil e no resto do mundo, deve-se aos trabalhos de vários economistas que se dedicaram à tarefa de homogeneizar a linguagem e definiram todos os fluxos entre as principais variáveis como: consumo, investimento, renda, poupanças, produto interno e nacional. Se observarmos o comportamento da economia de um determinado país, facilmente notaremos que as atividades econômicas oscilam com o decorrer do tempo. Para medir as oscilações referidas, entre os vários tipos de indicadores, um dos mais representativos desta                 performance é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado trimestralmente e que deve ser acompanhado com atenção. O PIB faz uma radiografia de toda atividade econômica.

O PIB é identificado como o valor monetário de todos os bens e a ótica da produção, serviços finais produzidos em um país em dado período de tempo. Dividindo-se o PIB pela população residente no país, você acha o PIB per capita. Hipoteticamente, podemos dizer que, se a produção de bens e serviços de um país cresce mais rapidamente que a taxa de crescimento da população, em média, a produção por pessoa deve aumentar.              

Contudo, lembre-se de que o que importa para as pessoas é o valor    real da moeda, traduzido no poder de compra da sua renda (salários,                juros, aluguéis e lucro; juros e aluguéis). Onde estiver ocorrendo um processo de mudança de e a ótica da despesa, preços (inflação ou deflação), vamos falar em PIB real. Portanto, o que se refere aos PIB real deve ser compreendido como uma medida de produto que agentes que leva em conta as alterações dos preços e não pode ser desprezado. A seguinte equação representa os condicionantes do crescimento econômico:   

PIB = consumo das famílias + gasto do governo + investimento das empresas + exportação líquida.

Consumo das famílias: ao se apropriarem de suas rendas, as famílias destinam uma parte ao consumo de bens e serviços. Quanto mais as famílias consumirem, mais as empresas terão que produzir para suprir as demandas por bens e serviços das pessoas.

Investimento das empresas: é uma das mais importantes variáveis para o crescimento de um país. Ao investirem, as firmas elevam o nível de emprego, produto e renda. As indústrias, na maioria das vezes, não possuem recursos suficientes para realizar seus planos de investimento e, com isso, precisam recorrer a empréstimos junto às instituições financeiras, pagando uma determinada taxa de juros pelo dinheiro que tomam emprestado. Portanto, para que exista um nível de investimento elevado na economia, é necessário que se mantenha a taxa de juros baixa.

Gasto público: ao fazer obras, construir, operar suas estatais, etc., o governo está empregando mais pessoas, expandindo o nível de emprego e, ao mesmo tempo, dando condições para que as empresas produzam mais. Assim, ao comprar e produzir mais, o governo causa uma elevação da produção e do nível de emprego, e aumenta o nível de renda da economia.

Exportação líquida: são as exportações menos importações de um país. Quanto maior o saldo, maiores o nível de emprego e o crescimento econômico, já que a produção deve aumentar; quanto menor o saldo, menor o nível de emprego, pois produtos que eram produzidos aqui passam a ser comprados do exterior, piorando a produção da economia.

Na avaliação da qualidade de vida da população, faz-se necessário considerar não apenas os aspectos econômicos, mas também aqueles ligados à oferta de bens públicos, como saúde e educação, que          afetam diretamente o bem-estar. A utilização de indicadores sociais como parte da avaliação da riqueza de uma região insere-se na discussão entre crescimento e desenvolvimento econômico. A preocupação com o bem-estar da sociedade nos remete ao confronto de dois importantes conceitos: crescimento econômico versus desenvolvimento econômico.  Desse modo, observa-se nas sociedades em fase de desenvolvimento ou subdesenvolvidas a ocorrência de crescimento sem desenvolvimento. Se o crescimento for muito concentrado, isto é, mal distribuído, a maior parte da população não se beneficia da elevação da renda gerada na economia.      

ATIVIDADES

  1)      Identifique alguns aspectos do crescimento econômico na sua   cidade, região e Estado.              
  2)    Pesquise qual é o PIB dos Estados brasileiros?  Identifique as atividades econômicas mais relevantes das nossas cinco regiões.
  3)      Elabore um texto argumentativo explicando os fatores que interferem na taxa de empregos.
  4) Procure pesquisar o IDH de sua cidade e como ele vem evoluindo 

Fonte: Economia (introdução) / Carlos Magno Mendes... [et al.]. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2007. 158p.
Fonte: MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração.7. ed.              rev. e ampl. São Paulo:                Atlas, 2007. Ambiente Empresarial

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