terça-feira, 11 de março de 2014

Empreendedorismo e Gestão: Ambiente Empresarial

Conceitos fundamentais da economia


Segundo Mankiw (2005), não há nada de misterioso sobre o que é uma economia. Em qualquer parte do mundo, uma economia é um grupo de pessoas que estão interagindo umas com as outras e, dessa forma, vão levando a vida. Diante disso, podemos imaginar que a primeira coisa que precisamos entender quando se quer compreender uma economia é saber como são tomadas as decisões dessas pessoas a partir dos princípios a seguir:


1) As pessoas fazem escolhas tendo em vista que os recursos são limitados;
2) O custo real de alguma coisa depende daquilo que tivermos de desistir para conseguirmos;
3) Quando uma pessoa racional toma uma decisão, ela o faz se os benefícios forem maiores que os custos;
4) Pessoas reagem a estímulos: qualquer incentivo que ocorra pode alterar a conduta do tomador de decisões;
5) Pessoas interagem, fazendo a economia funcionar.

A ideia de que há ganhos com o comércio foi introduzida na Economia de forma mais bem elaborada, em 1776, por Adam Smith, com seu livro, Riqueza das Nações. Os ganhos do comércio são oriundos, sobretudo, da divisão do trabalho, portanto, da especialização. O fundamento que fica é que a economia como um todo pode produzir mais e melhor quando cada pessoa se especializa em uma tarefa. Isto aumenta a produtividade do sistema, aumentando, assim, a quantidade de bens e serviços à disposição das pessoas. Dessa forma, temos mais comércio, mais desenvolvimento dos lugares e das pessoas.

Em economias centralizadas, são os planejadores que estabelecem o quanto vai ser produzido e o que vai ser consumido. Dessa forma, apenas o governo, através do órgão de planejamento, pode organizar a atividade econômica de maneira a oferecer e atender a todas as demandas eventualmente estabelecidas pela população.

Em economias de mercado essa função de estabelecer o quanto e como produzir é atribuição do mercado, ou seja, as decisões do planejador central são substituídas pelas decisões de milhares de pessoas e empresas. Diante disso, o mercado é considerado, na maioria das vezes, a melhor forma para destinar os recursos escassos.

Porém, às vezes, ele falha nesse processo de destinar de maneira eficiente os recursos e fazer a distribuição equitativa de seu produto, e, quando isso acontece, o governo precisa intervir na economia. Isto significa que, quando os mercados não estão alcançando a eficiência econômica e a equidade na distribuição de renda, a intervenção do governo deve ocorrer.

Podemos dizer que a questão da capacidade de produzir bens e serviços está relacionada ao nível de produtividade do país. Para Romer (2002), o que explica as grandes diferenças de padrão de vida entre os países ao longo do tempo é a diferença de produtividade entre eles. Dessa maneira, onde a produtividade das pessoas é maior, ou seja, produzem mais bens e serviços em menos tempo, o padrão de vida é maior.



Bens e Serviços

De um modo geral, o objetivo de uma indústria é produzir bens e serviços para vendê-los e obter lucros. Mas o que são bens? De forma global, bem é tudo aquilo que permite satisfazer as necessidades humanas. Segundo o caráter, os bens podem ser:

·         Bens livres: são úteis. Existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum esforço na natureza. Ex: a luz solar, o ar, o mar. Esses bens não possuem preços;
·         Bens econômicos: são úteis. Possuem preços, são relativamente escassos e supõem a ocorrência de esforço humano para obtê-lo.

Esses bens são classificados em dois grupos:    

·      Bens materiais: são de natureza material, podem ser estocados, tangíveis (podem ser tocados), como roupas, alimentos, livros, TV, etc.;
·     Serviços: não podem ser tocados (intangíveis). Ex: serviço de um médico, consultoria de um economista, serviços de um advogado (apenas para citar alguns), e acabam no mesmo momento de produção. Não podem ser estocados.        

                Os bens materiais classificam-se em:    

·         Bens de consumo: são aqueles diretamente usados para a satisfação das necessidades humanas. Os bens de consumo podem ser:   

·         Bens de consumo duráveis (como carros, móveis, eletrodomésticos); e            
·         Bens de consumo não duráveis (tais como gasolina, alimentos, cigarro);
·         Bens de capital: são bens de produção (ou os bens de produção são os bens de capital), ou seja, bens de capital, que permitem produzir outros bens, por exemplo: equipamentos, computadores, edifícios, instalações, etc. Deve ser dito que tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados como:
·         Bens finais: são bens acabados, pois já passaram por todas as etapas de transformação possíveis;
·         Bens intermediários: são bens que ainda estão  inacabados, que precisam ser transformados para atingir a sua finalidade principal. Ex: o aço, o vidro e a borracha usados na produção de carros.                

Os bens podem ser classificados, ainda, em:

·         Bens públicos: são bens não exclusivos e não disputáveis. Referem-se ao conjunto de bens fornecidos pelo setor público: transporte, segurança e justiça;            
·        Bens privados: são bens exclusivos e disputáveis. São produzidos e possuídos privadamente: TV, carro, computador, etc.




Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico, tanto capitalista* quanto socialista*. Os agentes econômicos são os seguintes:         

·      Empresas: são os agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços. Como é realizada a produção? Através da combinação dos fatores produtivos adquiridos junto às famílias. As decisões da empresa são todas guiadas para o objetivo de conseguir o máximo de lucro e mais investimentos;

·         Família: inclui todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades. Por outro lado, são as famílias os proprietários dos recursos produtivos e que fornecem às empresas os diversos fatores de produção, tais como: trabalho, terra, capital e capacidade empresarial. Recebem em troca, como
Pagamento, salários, aluguéis, juros e lucros, e é com essa renda que compram os bens e serviços produzidos pelas empresas. O que sempre as famílias buscam é a maximização da satisfação de suas necessidades; e

·         Governo (nas três esferas): inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estado, nas  suas esferas federais, estaduais ou municipais. Vez por outra, o governo atua no sistema econômico, produzindo bens e  serviços, através, por exemplo, da Petrobrás, das Empresas de Correios, etc.





Você teve bom entendimento do que vimos até aqui?
Uma forma prática de verificar é através da realização das atividades de aprendizagem. Que tal verificar agora?









1. Observe as reais situações de seu cotidiano e veja se são aplicados a elas os princípios da tomada de decisões:

2. Como anda o comércio na sua região. Há muitas especialidades? Como isso impacta, ou seja, como isto reflete na economia, e no ritmo de desenvolvimento da sua região?                  

 3. Após ter lido sobre produtividade, como você poderia explicar por que o comércio entre países pode melhorar a vida das pessoas?                  

4. Explique como você entende o ditado dos economistas que diz que “não existe almoço grátis”.                   
5. Liste bens e serviços livres e econômicos existentes no seu município. O que você achou dessa lista? 

6. Liste os principais bens de capital e de consumo existentes no seu local:

7. Os bens públicos foram considerados como não disputáveis e não exclusivos. Explique cada um desses termos e mostre de que  maneira o bem público é diferente de um bem privado

8. Como você poderia associar a presença de bens de consumo e de capital disponíveis no seu município com o ritmo de desenvolvimento observado nos últimos anos na região?




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