segunda-feira, 26 de maio de 2014

Regulação e desregulamentação do mercado

Empreendedorismo e Gestão: Ambiente Empresarial

Regulação e desregulamentação do mercado





A necessidade da regulação do mercado torna-se necessária em função da constatação de que os mercados, não funcionando a contento, provocarão um processo de ineficiência econômica. Mesmo em situações de livre mercado, há ocasiões em que o mercado não é capaz de fazer de maneira eficiente o processo de alocação e distribuição dos recursos. Assim, ao se falar em regulação, está-se imaginando formas de contornar essas falhas à luz do modo de produção capitalista, enquanto a desregulamentação significa deixar o mercado solto das amarras da regulação, pois, nestes casos, o mercado é mais eficiente. Você já ouviu falar das agências reguladoras no Brasil?

Muitas pessoas pensam que os significados dos termos oferta e demanda são sinônimos na Ciência Econômica. Quando debatem temas como saúde, transportes, pobreza, moradia, etc., costumam afirmar que tudo isso se refere apenas à questão de oferta e demanda.



Você precisa estar alerta para o fato de que tanto a oferta quanto a demanda fazem parte de um modelo econômico criado para explicar como os preços são determinados em um sistema de mercado. Observe que os preços determinam quais famílias ou regiões serão beneficiadas com determinados produtos e serviços, e quais empresas receberão determinados recursos. Em se tratando de Microeconomia, os economistas recorrem ao conceito de demanda para descrever a quantidade de um bem ou serviço que uma família ou empresa decide comprar a um dado preço. Então, a quantidade demandada de um bem ou serviço refere-se à quantidade desse bem ou serviço que os compradores desejam e podem comprar. Observe, também, que várias questões podem afetar os consumidores na hora da compra, tais como renda, gosto, preço, etc. A demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar por determinado preço.   





 Ao analisarmos como funcionam os mercados, percebemos que o preço de um bem ou serviço exerce papel central. Na prática, a quantidade demandada de um bem ou serviço diminui quando o preço aumenta, e aumenta quando o preço diminui.

Muitas coisas podem interferir nessa curva de demanda, como por exemplo, riqueza (e sua distribuição); renda (e sua distribuição); fatores climáticos e sazonais; propaganda; hábitos; gostos e preferências dos consumidores; expectativas sobre o futuro; e facilidades de crédito (disponibilidade, taxa de juros, prazos).

Já a Teoria da Oferta muda o foco da análise. O vendedor vai ao mercado com a meta de obter o maior lucro possível, mas ele também se depara com restrições, como a falta de padrões tecnológicos para produzir.




Podemos definir oferta como a quantidade de um bem ou serviço que os produtores (vendedores) desejam produzir (vender). Nota-se que a oferta é um desejo, uma aspiração. Assim, a quantidade ofertada de um bem ou serviço refere-se à quantidade que os vendedores querem e podem vender. Dessa maneira, existe uma associação de comportamento dos preços com o nível de quantidade ofertada. A quantidade ofertada aumenta à medida que o preço aumenta e cai quando o preço se reduz.

O que pode interferir na oferta é a disponibilidade de produtos para vender, de tecnologia para fabricar, de expectativa, o número de vendedores.

Já apresentamos a você as mais diferentes condutas dos consumidores (demanda) e dos produtores (oferta) em separado. Agora, vamos combiná-las para, numa interpretação conjunta, verificarmos como se determinam a quantidade e o preço de equilíbrio de um bem ou serviço vendido no mercado. A intersecção das curvas de oferta e de demanda, que identifica o ponto em que tanto os consumidores quanto os produtores se encontram satisfeitos e dispostos a agir, é o que ficou conhecido como equilíbrio de mercado e está demonstrado na Figura:

Pela Figura, podemos perceber que qualquer situação fora do ponto de equilíbrio caracteriza um desequilíbrio. Caso a oferta seja superior à procura (demanda), há excesso de oferta, e caso a demanda seja maior que a oferta, há excesso de procura. Na Economia, essa análise é conhecida como estática comparativa, porque envolve a comparação de duas situações estáveis – um equilíbrio inicial e um novo equilíbrio. Para uma melhor compreensão dessa sistemática sobre a conduta dos consumidores e produtores, vamos adicionar o conceito de elasticidade, que consideramos fundamental para analisar o mundo em que vivemos.
Elasticidade nada mais representa do que uma medida da resposta dos compradores e vendedores às mudanças no preço e na renda. A demanda por um bem é considerada elástica se a quantidade demandada responder muito a uma dada variação no preço. Isto significa dizer que a demanda é muito sensível à mudança de preço. Caso essa resposta seja pequena, a demanda por esse bem é considerada inelástica, ou seja, a demanda é insensível à mudança de preço.Vejamos aqui alguns exemplos:  

bens com alta elasticidade da demanda (elástica): refeições em restaurantes, veículos automotores, viagem aérea, carne bovina, refrigerante, turismo, manteiga, etc.; e bens com baixa elasticidade da demanda (inelástica): insulina, sal, gasolina, petróleo, ovos, leite, etc.               
Ainda podemos observar que o aumento na renda do consumidor, normalmente, aumenta a demanda por um bem.
Vejamos aqui alguns exemplos:      
Bem normal: bem em que um aumento na renda provoca o aumento na quantidade demandada. Os bens normais têm elasticidade-renda da demanda positiva. Exemplos: frutas frescas, computadores, viagens aéreas, lazer, carne de soja, etc.; e bem inferior: bem em que um aumento na renda provoca a diminuição na quantidade demandada. Os bens inferiores têm elasticidade-renda negativa. Exemplos: passagem de ônibus, moradia, carne de segunda, pão, batatas, etc.

Existe um tipo de elasticidade conhecida como elasticidade cruzada que nada mais é que uma medida utilizada para analisar a relação entre os diversos produtos, que ocorre, por exemplo, quando o aumento de um produto não interfere na satisfação do consumidor, que imediatamente tem a possibilidade de substituí-lo por outro. Exemplo: manteiga e margarina, cinema e locação de fitas de vídeo, carne de frango e carne de vaca, cerveja, refrigerantes, ou quando um aumento no preço de um deles ocasiona uma redução na quantidade demandada do outro.  Exemplo: gasolina e óleo para motor, camisa social e gravata; sapato e meia, pão e margarina, computador e software.

Fonte: Economia (introdução) / Carlos Magno Mendes... [et al.]. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2007. 158p

Pela Figura, podemos perceber que qualquer situação fora do ponto de equilíbrio caracteriza um desequilíbrio. Caso a oferta seja superior à procura (demanda), há excesso de oferta, e caso a demanda seja maior que a oferta, há excesso de procura. Na Economia, essa análise é conhecida como estática comparativa, porque envolve a comparação de duas situações estáveis – um equilíbrio inicial e um novo equilíbrio. Para uma melhor compreensão dessa sistemática sobre a conduta dos consumidores e produtores, vamos adicionar o conceito de elasticidade, que consideramos fundamental para analisar o mundo em que vivemos.
Elasticidade nada mais representa do que uma medida da resposta dos compradores e vendedores às mudanças no preço e na renda. A demanda por um bem é considerada elástica se a quantidade demandada responder muito a uma dada variação no preço. Isto significa dizer que a demanda é muito sensível à mudança de preço. Caso essa resposta seja pequena, a demanda por esse bem é considerada inelástica, ou seja, a demanda é insensível à mudança de preço.Vejamos aqui alguns exemplos:  

bens com alta elasticidade da demanda (elástica): refeições em restaurantes, veículos automotores, viagem aérea, carne bovina, refrigerante, turismo, manteiga, etc.; e bens com baixa elasticidade da demanda (inelástica): insulina, sal, gasolina, petróleo, ovos, leite, etc.               
Ainda podemos observar que o aumento na renda do consumidor, normalmente, aumenta a demanda por um bem.
Vejamos aqui alguns exemplos:      
Bem normal: bem em que um aumento na renda provoca o aumento na quantidade demandada. Os bens normais têm elasticidade-renda da demanda positiva. Exemplos: frutas frescas, computadores, viagens aéreas, lazer, carne de soja, etc.; e bem inferior: bem em que um aumento na renda provoca a diminuição na quantidade demandada. Os bens inferiores têm elasticidade-renda negativa. Exemplos: passagem de ônibus, moradia, carne de segunda, pão, batatas, etc.

Existe um tipo de elasticidade conhecida como elasticidade cruzada que nada mais é que uma medida utilizada para analisar a relação entre os diversos produtos, que ocorre, por exemplo, quando o aumento de um produto não interfere na satisfação do consumidor, que imediatamente tem a possibilidade de substituí-lo por outro. Exemplo: manteiga e margarina, cinema e locação de fitas de vídeo, carne de frango e carne de vaca, cerveja, refrigerantes, ou quando um aumento no preço de um deles ocasiona uma redução na quantidade demandada do outro.  Exemplo: gasolina e óleo para motor, camisa social e gravata; sapato e meia, pão e margarina, computador e software.

Fonte: Economia (introdução) / Carlos Magno Mendes... [et al.]. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2007. 158p

Para fixar
1. A quantidade demandada de um produto qualquer é influenciada pelos fatores abaixo, exceto:
a) custo ou tecnologia de produção;
b) gosto ou preferência do consumidor;
c) nível de renda dos consumidores;
d) preço do produto considerado;
e)preço de produtos substitutos.

2. A quantidade ofertada de um produto qualquer é afetada pelos fatores abaixo, exceto:
a) preço dos produtos com técnica de produção semelhante;
b) renda dos consumidores;
c) preço do produto considerado;
d) custo ou tecnologia de produção.

3. Os fatores abaixo causam variação da demanda (deslocamento da curva), exceto:
a) um aumento da renda real dos consumidores;
b) mudança na preferência dos consumidores;
c) mudança no preço dos produtos substitutos;
d) mudança no preço do produto considerado;
e) crescimento da população do mercado considerado.

4. Os fatores abaixo causam um deslocamento da curva de oferta, exceto:
a) redução dos custos de produção;
b) saída do mercado de diversos produtores;
c) mudança do gosto ou preferência do mercado consumidor;
d) variação do preço dos produtos de tecnologia similar;
e) todas as alternativas anteriores

5. Suponha que um determinado tipo de sandália feminina entrou na moda. A partir desta informação, pode-se esperar:
a) um deslocamento da curva de demanda para a direita, e consequente redução de seu preço;
b) um deslocamento da curva de oferta para a direita, e consequente queda no preço da sandália;
c) um deslocamento tanto da curva de demanda como da curva de oferta para a direita;
d) um deslocamento da curva de demanda para a direita e consequente aumento do novo preço de equilíbrio;

e) um deslocamento ao longo das curvas de oferta e de demanda.

Fonte: disponível em: http://pt.scribd.com/doc/52138028/LISTA-DE-EXERCICIOS-01-demanda-e-oferta. Último acesso em 26/5/2014


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